quarta-feira, 28 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

Entenda a crise dos alimentos

A recente alta nos preços dos produtos agrícolas foi motivada por uma série de fatores conjugados e se tornou uma crise mundial. O maior temor, além da falta de suprimentos, é que crescam as revoltas populares pela falta de comida, o que já foi registrado em diversos países, como Haiti, Indonésia, Camarões e Egito. Nesse sentido, diversas instituições internacionais já de manifestaram, como ONU, Banco Mundial, FMI e Bird, por exemplo.
Entenda os principais motivos que desencadearam a crise:
Desenvolvimento global - A longa fase de prosperidade mundial, com especial força nos países emergentes, fez crescer significativamente o consumo de alimentos no mundo. Antes de se iniciar a atual crise de crédito nos Estados Unidos, o mundo não passava por uma crise financeira com dimensões globais desde o final da década de 1990.
Assim, os seguidos anos de calmaria deram condições para que o comércio exterior disparasse, o que gerou renda nos países mais pobres --estas nações são referência histórica tanto na produção de matérias-primas como para base de empresas multinacionais. Com mais dinheiro no bolso, a população desses países, entre eles Brasil e China, passou a consumir mais, sendo que os alimentos foram os primeiros produtos a terem seus consumos elevados, causando um descompasso entre oferta e demanda.
População - A população mundial está em franca expansão. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), passará de 6,5 bilhões de pessoas em 2005 para 8,3 bilhões em 2030 e 9 bilhões em 2050. O efeito do aumento do número de pessoas que se alimentam ganha ainda mais peso porque a maioria delas nasce na Ásia e na África, onde o consumo de alimentos cresce em ritmo mais rápido devido ao desenvolvimento econômico desses continentes.
Secas - Alguns dos principais produtores mundiais de alimentos, como o Brasil e a Austrália, passaram recentemente por fortes secas que atingiram a produção. Na Austrália a seca já perdura por seis anos, enquanto que o Brasil e o Leste Europeu tiveram problemas entre 2005 e 2006. Com a quebra de safra nesses países, os estoques foram reduzidos e agora estão perigosamente baixos devido ao aumento no consumo.
Petróleo - Assim como os alimentos, os preços de outras commodities (matérias-primas) também estão em alta. É o caso do petróleo. O produto está com seu preço em níveis recordes, o que causa impacto em toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos. Quase todas as fazendas usam óleo diesel para movimentar as máquinas, e os fertilizantes possuem também diversos componentes vindos do petróleo. Além disso, o combustível mais caro eleva o preço do transporte dos alimentos para os centros consumidores, elevando o preço final da comida.
Especulação financeira - Quase todos os principais alimentos possuem mecanismos financeiros de compra e venda em um prazo pré-determinado, o que é chamado de mercado futuro. Nos últimos meses, os preços dos alimentos no mercado futuro dispararam devido à entrada de muitos investidores neste tipo de investimento. Eles apostam exatamente que estes preços irão crescer. Se isso ocorre, eles lucram, já que poderão vender o que têm a valores maiores do que o investido inicialmente.
Enfraquecimento do dólar - O dólar é a moeda usada para a cotação das commodities agrícolas em quase todos os principais mercados futuros. Como a moeda americana está em níveis históricos de queda ante outras moedas fortes, como o euro, os investidores forçam a alta do preço dos alimentos no mercado futuro para "compensar" essa desvalorização.
Alta nos custos - A produção de carnes em geral recebe duplo impacto. Seus custos disparam não só pela alta do petróleo, mas pela própria alta no preço dos alimentos, já que alguns deles --em especial o milho-- são usados na ração dos animais.
Biocombustíveis - Diversas entidades, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e o FMI (Fundo Monetário Mundial), reclamam do desvio de parte da produção agrícola para a produção de biocombustíveis. O resultado, segundo eles, é que a oferta cai ainda mais em um momento de alta na demanda, causando a elevação dos preços. O caso mais criticado é o do milho, usado nos Estados Unidos para a produção de álcool, que levou à disparada do preço do produto no mercado internacional já no ano passado. Também criticam a substituições de lavouras tradicionais pelas de cana-de-açúcar, em um ataque direto ao Brasil --principal exportador de álcool do mundo e que usa a cana-de-açúcar para extrair o produto.
Travamento às exportações -Diante do risco de desabastecimento, grandes países produtores de alimentos estão impedindo a exportação, agravando o cenário nos países importadores. Os casos mais recentes foram vistos com o trigo argentino e o arroz indiano e vietnamita.
Fonte: Folha Online

terça-feira, 20 de maio de 2008

Três verdades absolutas sobre liderança


Em entrevista a revista VOCÊ S/A o norte-americano Marc Effron, responsável pela área de liderança da consultoria de recursos humanos Hewitt Associates falou um pouco sobre aspectos quando o assunto é liderança.
Verdade nº1 - SAIBA QUE TIPO DE LIDER VOCE DEVE SER
Segundo Effron, as empresas deveriam olhar para seu negócio e se perguntar: de que tipo de líder eu preciso? Alguns líderes podem ser extremamente criativos e inovadores, mas não tão bons quando cobrados exclusivamente em termos de resultados. Outros podem ser ótimos em fases de mudança, mas não tão eficientes em tempos de calmaria. Não existe uma pessoa boa em todos os aspectos e situações. Isso é um fato. Imagine, por exemplo, o que aconteceria se colocássemos Jeff Bezos, CEO do Amazon.com, para comandar a Microsoft? Provavelmente não daria tão certo porque são companhias com perfis e necessidades totalmente diferentes. Sua missão é descobrir que tipo de líder a empresa em que trabalha está procurando. Faça as seguintes perguntas: eu conheço a estratégia do negócio? Que capacidade devo ter para desempenhar um papel de liderança nessa organização? Às vezes, você não está sendo bem aproveitado porque seu perfil não tem nada a ver com o da companhia em que trabalha.
Verdade nº2 - FOCO NO TALENTO
Infelizmente, nem todas as pessoas que o cercam têm potencial para se tornar grandes líderes. Nesse ponto, Effron é direto: "Identifique cuidadosamente aqueles com potencial e trabalhe duramente para desenvolvê-los", diz. O processo de identificação não precisa necessariamente ser formal. Quanto mais você se aproximar e interagir com a equipe, mais fácil será identificar quem são os mais capacitados. Ok, você já percebeu quem são seus funcionários mais talentosos, mas eles sabem disso? A resposta é: eles deveriam saber. Se eles ainda não ouviram isso de você, certamente escutarão de outras pessoas ao longo da sua carreira. Que tal procurar essas pessoas amanhã de manhã e dizer para elas o quanto são importantes? Ajudá-las em seu desenvolvimento também é uma forma de ser um bom líder. Portanto, trace os planos de carreira de seus liderados e exponha-os a uma série de desafios. Passe as tarefas mais difíceis para aqueles que considera mais capacitados e observe como reagem. É o melhor que você pode fazer por eles. A grande maioria dos grandes líderes passou por situações assim. Em um momento de honestidade raramente visto entre executivos desse nível, Douglas Busch, CIO da Intel, confessou: "Quando me convidaram para o cargo, achava que tinha capacidade para ocupá-lo, mas, francamente, pensei que eles eram loucos por me darem uma chance daquela!"
Verdade nº 3 - ENVOLVA-SE COM SEUS LIDERADOS
O recado aqui não poderia ser mais claro. Saber interagir com a equipe é fundamental para quem deseja ser um bom líder. Para isso, é preciso dedicar parte do seu tempo a essa missão. E nem adianta dizer que a agenda anda apertada. Com certeza, a vida de Reuben Mark, CEO da Colgate-Palmolive, é bastante corrida. Mesmo assim, ele encontra tempo para, uma vez por mês, dedicar metade de seu dia a um grupo de líderes em potencial de sua empresa. Mas não adianta nada ter esse tipo de atitude se você não é um chefe acessível. O mesmo Reuben Mark, da Colgate-Palmolive, é visto com freqüência almoçando com seus funcionários. Os colaboradores sabem que podem abordá-lo a qualquer instante - que sempre serão bem recebidos. É a política de portas abertas levada a sério. Por fim, seja um modelo do que você espera dos outros. Mais importante do que falar é fazer. A sede da rede de supermercados Wal-Mart fica no Estado de Arkansas, nos EUA, mas dificilmente você encontrará os líderes lá numa manhã de segunda-feira. Toda semana, eles costumam viajar pelo país visitando lojas para conversar com gerentes locais e ouvir clientes. O objetivo: aperfeiçoar a estratégia da empresa. E é exatamente isso que eles esperam de seus funcionários: idéias de como melhorar o negócio. Em outras palavras, não diga aos outros como eles devem agir, faça com que seus atos sirvam de exemplo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Visita técnica à REGAP

Na última sexta-feira, dia 16 de maio, parte dos alunos do curso de Bacharelado em Administração, do CEFET-MG, participaram da visita técnica a REGAP (Refinaria Gabriel Passos) da Petrobras, em Betim.
A visita técnica surge para os iniciantes na carreira profissional como uma oportunidade de conhecer os elementos estudados em sala de aula na prática. A empresa abre as suas portas ofertando tal oportunidade, ampliando nossa visão como administradores.
Como ocorreu na FIAT no mês anterior, os alunos foram guiados por uma anfitriã, a funcionária Nísia Duarte Faria, atuante na área de Comunicação da REGAP, que atenciosamente nos recebeu, ministrou uma palestra e nos levou por um rápido passeio na área de produção industrial, demonstrando grande satisfação com a empresa, a maior do setor enérgico do Brasil.
Através da visita podemos perceber a qualidade da empresa, que atua em nível global, sendo a terceira maior companhia aberta de petróleo e gás do mundo.
Particularmente a REGAP, localizada numa posição estratégica, encontro de rodovias federais, produz em maior quantidade o diesel, e se encontra em expansão no setor de produção. Sendo um responsáveis de crescimento do país, bem próxima de nós, incentivando nossa formação, para podermos quem sabe um dia, tornamos um de seus colaboradores.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Uma olhar diferente sobre a Fiat


Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, a Fiat automóvel ocupa uma área de aproximadamente 18 estádios de futebol, com cerca de 20.000 funcionários. Com a instalação da fábrica ouve um desenvolvimento muito intenso na região de Betim através da criação de postos de trabalho e uma melhora significativa nos meios de transportes.
Existe uma relação próxima entre a administração da empresa e seus funcionários, onde o diálogo entre os supervisores e os operários é realizado de forma flexível. Com isso, o índice de acidente na Fiat é muito baixo, já que existe uma alta supervisão sobre os funcionários. A Fiat cria programas de incentivos para seus funcionários como por exemplo: Programa de funcionário destaque do mês, gratificação e premiações dos funcionários com maior destaque.
A empresa trabalha com o sistema JUST IN TIME,no qual as peças chegam à fábrica na hora de serem utilizada na montagem de um carro, aumentando assim o espaço nos galpões da fábrica e um maior controle sobre o estoque de peças. Alem disso, a empresa possui uma estação de tratamento de água e esgoto, em que ela trata grande parte da água utilizada na empresa. Devido a isto, ela acaba de ganhar recentemente o ISO 14001.
A produção de carros na Fiat atende tanto o mercado interno quanto ao mercado externo, sendo que todos os carros são rigorosamente testados pelos melhores engenheiros e funcionários. Para isto a Fiat conta com uma moderna pista de teste com aproximadamente 45º de inclinação, um galpão onde são testados os sistemas de suspensão, e um moderno galpão onde é simulada uma tempestade, para observar se existe algum ponto no carro que ocorra infiltração, entre outros galpões.
Com a visita técnica realizado pela turma de administração à Fiat, os alunos do blog administrarnoar, tiveram a oportunidade de conhecer de perto o ambiente de trabalho de uma empresa moderna que não se preocupa somente com o seu sucesso, mas também com o de seus funcionários, com a preservação do meio ambiente e também com a vida acadêmica de estudante, pois a empresa reconhece que o aluno hoje pode ser o funcionário de amanhã.

domingo, 4 de maio de 2008

Seis homens, um destino

Edição 2055

9 de abril de 2008

Da safra atual de governadores vêm os melhores sinais de que há um jeito de administrar a máquina pública, com profissionalismo e menos politicagem.

Paulo Hartung, Aécio Neves, Sérgio Cabral, José Serra, José Roberto
Arruda e Eduardo Campos: contas em ordem e bons índices de popularidade.


Gestão é o "ato de gerir; gerência, administração", segundo o Aurélio. Simples? No mundo das empresas, sim. Ali, gestão é a soma dos processos que garantem a sobrevivência e a lucratividade e estabelecem os requisitos mínimos para o crescimento. Na vida pública brasileira, esse conceito esteve ausente durante quase toda a história do país. O que se vai ler aqui é a história de seis governadores que decidiram mudar isso e gerir seus estados com racionalidade e objetivos claros, criando no processo as bases do Brasil do futuro.


Esta reportagem não trata de feitos tradicionalmente alardeados pelos políticos. Seus protagonistas demitiram funcionários, interromperam obras, acabaram com regimes especiais de impostos que beneficiavam determinadas empresas ou puseram abaixo casas construídas irregularmente. Aécio Neves, de Minas Gerais, Eduardo Campos, de Pernambuco, José Serra, de São Paulo, José Roberto Arruda, do Distrito Federal, Paulo Hartung, do Espírito Santo, e Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, pertencem a quatro partidos diferentes e têm trajetórias políticas distintas. São donos de estilos pessoais até antagônicos, mas concordam em que sem gestão não há governo.

A escalação do time de governadores levou em conta o desempenho positivo deles nos seguintes itens:

• A perseguição implacável do equilíbrio das contas, com utilização de ferramentas de redução de custos e aumento de receita.
• A adoção de práticas voltadas para a qualidade do serviço, como o estabelecimento de sistemas de avaliação de desempenho, com metas e cobrança de resultados.
• A profissionalização de postos-chave, como Fazenda, Saúde, Educação e Segurança.
• A racionalização da atuação do estado, com valorização de parcerias com a iniciativa privada para atrair investimentos.
• O estabelecimento de agendas de prioridades, com planejamento estratégico.


http://veja.abril.com.br/090408/p_058.shtml